quinta-feira, 16 de junho de 2011

GUERRA DOS CANUDOS


A Guerra de Canudos é tida como um dos principais conflitos que marcam o período entre a queda da monarquia para a instalação do regime republicano no Brasil. No entanto, antes de sabermos maiores detalhes sobre a formação do Povoado de Canudos e o início das batalhas, devemos contemplar algumas passagens da vida de seu principal líder: Antônio Conselheiro.

Nascido na vila de Quixeramobim, no interior do Ceará, Antônio Vicente Mendes Maciel cresceu em uma família de padrão de vida mediano. Durante sua infância teve uma educação diversa que lhe ofereceu contato com a geografia, a matemática e as línguas estrangeiras. Aos vinte e sete anos, depois da morte de seu pai, assumiu os negócios da família. Não obtendo sucesso, abandonou a atividade. Na mesma época, casou-se com uma prima e exerceu funções jurídicas nas cidades de Campo Grande e Ipu.

Com o abandono da mulher, Antônio começou a vaguear pelo sertão nordestino. Em seguida, envolveu-se com uma escultora chamada Joana Imaginária, com quem acabou tendo um filho. Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho, retornou à sua peregrinação sertaneja. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandálias de couro e a mão apoiada em um bordão.

Nessa época, sob a perspectiva de alguém influenciado pelas contrariedades pessoais e os problemas sócio-econômicos do sertão, Antônio Conselheiro iniciou uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristãos. Com palavras de fé e justiça Conselheira atraiu muitos sertanejos que se identificavam com a mensagem por ele proferida.


Desde o início, autoridades eclesiásticas e setores dominantes da população viam na renovação social e religiosa de Antônio Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1876, autoridades lhe prenderam alegando que ele havia matado a mulher e a mãe, e o enviam de volta para o Ceará. Depois de solto, Conselheiro se dirigiu ao interior da Bahia. Com o aumento do seu número de seguidores e a pregação de seus ideais contrários à ordem vigente, Conselheiro fundou – em 1893 – uma comunidade chamada Belo Monte, às margens do Rio Vaza-Barris.

Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando dos representantes do poder vigente, Canudos, nome dado à comunidade por seus opositores, se tornou uma ameaça ao interesse dos poderosos. De um lado, a Igreja atacava a comunidade alegando que os seguidores de Conselheiro eram apegados à heresia e depravação. Por outro, os políticos e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que Antônio Conselheiro era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo republicano, instalado em 1889.

Incriminada por setores influentes e poderosos da sociedade da época, Canudos foi alvo das tropas republicanas. Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas militares. Somente na última expedição, que contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosas e crianças. Antonio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.

CAUSAS DA GUERRA
O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia.

Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. Ele afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenças e injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano, como ele funcionava no período.


CONFLITOS MILITARES
Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem sucedida. Os sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares.

Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais. Militares de várias regiões do Brasil, usando armas pesadas, foram enviados para o sertão baiano. Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma brutal e até injusta. Crianças, mulheres e idosos foram mortos sem piedade. Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.

SIGNIFICADO DO CONFLITO
A Guerra de canudos significou a luta e resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino no final do século XIX. Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de injustiça social que reinava na região.

Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida (mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.


grupo:Pablo, Diego, Danrley, Isabela

fontes:    http://www.brasilescola.com/historiab/canudos.htm
             http://www.suapesquisa.com/historia/guerradecanudos/
             http://www.historiadobrasil.net/guerracanudos 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Movimento Tenentista

O movimento tenentista foi um movimento político-militar e à série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro.
Esse movimento ocorreu no início da década de 1920 a 1930,o movimento ocorreu porque os tenentes estavam descontentes com a situação política do Brasil.Os tenentes defediam:
- Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis);
- Reforma no sistema educacional público do país;
- Mudança no sistema de voto aberto para secreto;
Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras (coronelismo). Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.
As principais ações no Brasil foram as revoltas:
- A revolta dos 18 do Forte de Copacabana, ocorrida em 5 de julho de 1922, foi durante combatido pelas forças oficiais.
- A Revolta Paulista (1924) e a Comuna de Manaus (1924).




Exemplo revolta dos 18 do forte de copacabana








Exemplo revolta paulista 1924







fontes [sites onde pegamos informações e imagens]:
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/tenentismo.htm
http://tenentismonobrasil.wordpress.com/2009/12/04/revolta-paulista/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tenentismo

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Movimento Operário no Brasil


Os movimentos operários iniciais contra as conseqüências da Revolução Industrial partiam dos artesãos que se viram privados de seus meios originais de trabalho. Revoltados, grupos de artesãos atacavam as fábricas, quebrando as máquinas. Desse mesmo tipo também foi a reação dos operários jogados na miséria pela primeiras crises de desemprego. Uma grande parte do operariado era composta por mulheres e crianças, que ganhavam um salário inferior ao que pagava aos homens . Os operários trabalhavam de 10 a 14 horas por dia , geralmente em locais que faz mal à saúde. Depois de algum tempo, os operários começaram a perceber que o problema não estava nas fábricas, nem nas máquinas em si, mas sim na forma como a burguesia havia organizado os meios de produção. No início do século XIX, na Inglaterra, o movimento dos trabalhadores se fez sentir por meio de demontrações de massa, como motins e petições. Foi nesse século que os sindicatos surgiram como uma nova força no cenário político.

A primeira luta de caráter político, empreendida pelos operários ingleses, foi a conquista do direito de voto. Nessa luta, o movimento operário contou inicialmente com o apoio da burguesia, uma vez que esta classe não podia enviar seus deputados para a câmara dos Comuns, que estava nas mãos dos latifundiários. A revolução de 1830 na França, acabou dando um grande impulso a esse movimento. Em 1832, o Parlamento promulgou uma reforma do sistema eleitoral (Reform Act), beneficiando a burguesia, mas negando qualquer benefício aos operários.

Em 1836, desencadeu-se uma crise industrial e comercial que lançou à rua milhares de operários. Organizou-se então a Associação dos Operários para a luta pelo Sufrágio Universal. Sufrágio foi o fim do voto censitário para todos os homens, (mulheres ainda não podiam votar). No ano seguinte essa associação elaborou uma extensa petição (Carta do Povo) para ser enviada ao Parlamento; surgiu o movimento denominado cartismo. Reivindicava-se o Sufrágio Universal, a igualdade dos distritos eleitorais, a supressão do censo exigido dos candidatos do Parlamento (que limitava essa possibilidade somente á burguesia rica e à nobreza), voto secreto, eleições anuais e salário para os membros do Parlamento (antes, somente os ricos possuíam condições de exercer a atividade política sem receber).

De 1838 em diante, o movimento cartista espalhou-se por toda a Inglaterra, ganhando a adesão maciça dos trabalhadores e ampliando a pauta de reivindicações nitidamente operárias: limitação da jornada de trabalho, abolição da Lei dos Pobres e fim das casas operárias.

Entretanto, os dirigentes cartistas se dividiram quanto ao método a ser utilizado para alcançar seus objetivos. Alguns achavam que a Carta deveria ser conquistada em aliança com a burguesia e unicamente através de meios pacificos, chamado de (Socialismo Utópico por Karl Marx). Outros, influenciados por Karl Marx e Engels, defendiam a luta armada, ou seja, diziam que não há um meio pacífico para isso. Essa divisão seria a principal causa da derrota do movimento cartista. Apesar disso, graças à influência desse movimento, os operários conseguiram uma série de vitórias como a redução da jornada de trabalho para dez horas, a proteção ao trabalho de mulheres e crianças, a reforma do código penal e a regulamentação das associações políticas.

Essas reformas abrangeram toda a vida social, consolidando a ordem burguesa. Os sindicatos foram fortalecidos, a liberdade de opinião foi regulamentada e o sistema de cooperativas defendido.